Perspectivas econômicas para 2026: o que as empresas precisam saber para planejar o próximo ano
10/Dec/2025
A economia brasileira entrará em 2026 carregando expectativas de desaceleração moderada do PIB, ajustes graduais em juros e desafios no crédito: cenário que exige atenção redobrada às projeções econômicas, ao planejamento financeiro empresarial, ao aumento do risco de inadimplência e à necessidade de estratégias mais maduras de gestão. Este artigo traz uma análise objetiva sobre o que CEOs e gerentes precisam acompanhar para preparar suas operações com segurança e visão de futuro.

Crescimento moderado: o que esperar do PIB, inflação e juros
As principais instituições econômicas apontam que 2026 será um ano de crescimento mais contido. As projeções mais recentes indicam PIB entre 1,5% e 2,2%, sugerindo ritmo menor que os últimos anos — reflexo da desaceleração global, menor expansão do crédito e limitações fiscais. Embora ainda positivo, o movimento reforça a necessidade de prudência no planejamento.
A inflação deve permanecer sob controle, mas sensível a choques de commodities e pressões externas, enquanto a taxa de juros tende a seguir elevada por mais tempo. O padrão observado nos últimos ciclos — com Selic avançando de forma mais lenta do que o mercado antecipava — reforça que 2026 provavelmente continuará sendo um ano de restrições no custo do dinheiro.
Para as empresas, esse conjunto de fatores aponta para um ambiente onde crescer exige eficiência, diversificação de receitas e controle rigoroso de riscos.

Impacto direto no crédito e na inadimplência empresarial
O comportamento dos juros segue sendo o principal elemento que influencia o acesso ao crédito corporativo. Taxas altas encarecem novas operações, retraem concessões e pressionam renegociações, o que tende a elevar a inadimplência entre negócios — especialmente aqueles mais expostos a ciclos longos de venda ou à dependência de clientes com maior risco.
Nos últimos anos, o Brasil já mostrou avanço constante nos indicadores de atraso, tanto entre pessoas físicas quanto jurídicas. Com o crédito mais caro, a tendência é que empresas menores enfrentem maior dificuldade de rotação de caixa, enquanto organizações médias e grandes aumentem critérios de concessão para não comprometer liquidez.
Dessa forma, 2026 desponta como um ano em que as áreas financeiras precisarão agir de forma mais preventiva para evitar deterioração da carteira.

Tendências para cobrança e gestão financeira em 2026
Três tendências devem guiar o mercado de cobrança B2B e as rotinas financeiras corporativas:
1. Personalização da cobrança e segmentação mais precisa
A era das réguas padronizadas está chegando ao fim. Processos baseados em comportamento, perfil de risco e histórico de relacionamento tornam a recuperação mais efetiva e menos desgastante para o cliente.
2. Crescimento do uso de analytics, inteligência de dados e automações
Empresas já percebem que usar dados apenas na análise de crédito é insuficiente. Em 2026, o avanço estará em mapear tendências de atraso, prever comportamento de pagamento e ajustar estratégias em tempo real.
3. Adoção de modelos híbridos de cobrança
A combinação de cobrança interna com parceiros especializados reduz custos, aumenta a taxa de recuperação e libera times internos para funções estratégicas.

Preparação financeira: como mitigar incertezas antes que elas afetem o caixa
Empresas que desejam navegar bem por 2026 precisam estruturar uma rotina financeira baseada em previsibilidade. Entre as medidas prioritárias estão:
Aperfeiçoar a análise de crédito: rever critérios, atualizar cadastros e aplicar matriz de risco mais rigorosa. O cenário pede menos concessões “por urgência” e mais decisões sustentadas por dados.
Revisar contratos e garantias: atrasos longos e disputas jurídicas crescem em ambientes de juros altos. Reforçar cláusulas de inadimplência, multas e propriedades fiduciárias reduz disputas e fortalece mecanismos de recuperação.
Controlar ciclos de recebimento: empresas devem encurtar prazos sempre que possível — ou criar incentivos para pagamentos antecipados. Quanto menor o DSO (Days Sales Outstanding — Dias de Vendas Pendentes), maior a previsibilidade.
Criar planos de contingência: 2026 será um ano de volatilidade. Projeções de diferentes cenários (otimista, moderado e conservador) precisam orientar decisões de investimento, captação e expansão.

Estratégias preventivas e de cobrança: o que garante estabilidade em 2026
A prevenção deve vir antes da cobrança. Processos de pré-venda, formalização de contratos e onboarding precisam estar alinhados para reduzir brechas de risco. Já na cobrança, três pilares se destacam:
1 - Padronização inteligente da régua, com ajustes por segmento e comportamento.
2 - Acompanhamento contínuo do risco, para identificar clientes que começam a dar sinais de estresse financeiro.
3 - Cobrança especializada e humanizada, que aumenta a recuperação sem comprometer o relacionamento.
Organizações que integram dados, processos e tecnologia criam uma operação robusta capaz de crescer mesmo em cenários adversos.
As perspectivas econômicas para 2026 mostram um ambiente de crescimento moderado, crédito seletivo e inadimplência ainda pressionada. Para CEOs e gerentes, é o momento de fortalecer estratégias financeiras, proteger o caixa e estruturar processos com visão de longo prazo.
A Consulth Soluções apoia empresas de todo o Brasil na construção dessa segurança, com análise de crédito, higienização de carteira, cobrança personalizada, tecnologia, relatórios gerenciais e advocacia preventiva. Planejar um 2026 consistente começa com decisões fundamentadas e parceiros que entendem a realidade do seu negócio.



