Inadimplência em alta: confira estratégias para minimizar riscos financeiros da sua empresa
20/Nov/2025
A inadimplência no Brasil alcançou, em 2025, um dos patamares mais preocupantes dos últimos 8 anos. Segundo a CNDL e o SPC Brasil, mais de 71,3 milhões de brasileiros estão negativados, representando 42,9% da população adulta. Esse número mostra não apenas o aumento da pressão sobre as famílias, mas também os impactos diretos sobre empresas que dependem de pagamentos em dia para manter o fluxo de caixa saudável. Por isso, pensar em gestão de inadimplência, estratégias de cobrança e recuperação de crédito deixou de ser opção: tornou-se uma prioridade estratégica para mitigar riscos financeiros.

Fatores que impulsionam a alta inadimplência em 2025 e seu impacto no fluxo de caixa
O crescimento do endividamento é reflexo de múltiplos fatores macroeconômicos. A taxa Selic, mantida em patamar restritivo de 15% ao ano, encarece o crédito, reduz o consumo e aumenta o peso das dívidas existentes. Ao mesmo tempo, a inflação segue corroendo o poder de compra, e o custo de vida pressiona famílias e empresas.
De acordo com o Banco Central, a inadimplência no crédito livre atingiu 5,2% em julho de 2025, o maior índice desde 2017. Além disso, o tempo médio de atraso das dívidas já ultrapassa 28 meses, revelando a dificuldade estrutural de quitação. Esses números confirmam que não se trata apenas de atrasos momentâneos, mas de um ciclo de endividamento crônico.
Para empresas B2B, cada fatura não recebida compromete o equilíbrio financeiro. Um cliente inadimplente não apenas reduz entradas de caixa, mas também gera custos adicionais com renegociação, monitoramento e até ações jurídicas.
Um estudo do SPC Brasil revelou que o valor médio devido por inadimplente é de R$ 4.777,28, distribuído em mais de duas dívidas em diferentes credores. Para empresas, esse cenário amplia o risco de perdas em cascata, já que um único cliente pode afetar diversos fornecedores e comprometer toda a cadeia produtiva.

Setores mais vulneráveis
Alguns segmentos sofrem mais intensamente com a inadimplência. O setor bancário concentra 66,6% das dívidas em atraso, mas outros serviços essenciais também registram alta: água e luz cresceram 9,9% em atrasos, enquanto comunicação avançou 3,6%. O varejo, em contrapartida, apresentou leve queda no volume de dívidas, mas segue pressionado pelo consumo retraído.
Empresas de médio porte estão particularmente vulneráveis. Diferente das grandes corporações, não possuem reservas robustas nem acesso facilitado a linhas de crédito, ficando expostas a atrasos prolongados.
Estratégias preventivas para reduzir riscos financeiros
A prevenção é a principal ferramenta para reduzir perdas com inadimplência. Algumas práticas, quando bem-estruturadas, oferecem resultados consistentes:
Política de crédito rigorosa: avaliar histórico, score de crédito e capacidade de pagamento antes de fechar negócio. Em julho de 2025, por exemplo, o número de inadimplentes com débitos acima de 3 anos cresceu 44,3%. Esse dado mostra como atrasos recorrentes são previsíveis e evitáveis com análise prévia.
Segmentação de clientes: classificar parceiros por nível de risco, aplicando condições de pagamento diferentes para cada perfil. Clientes com histórico de atrasos, por exemplo, podem ter limites de crédito reduzidos.
Contratos sólidos: cláusulas bem-estruturadas, com garantias reais ou fidejussórias, aumentam a segurança jurídica em caso de não pagamento.
Monitoramento em tempo real: acompanhar mudanças de comportamento, como pagamentos fracionados ou solicitações de prazos mais longos, ajuda a agir antes do atraso.
Comunicação estratégica: estudos mostram que grande parte das dívidas no Brasil é de baixo valor (43% inferiores a R$ 1.000). Mensagens personalizadas e cobranças consultivas podem resolver pendências pequenas antes que virem um problema estrutural.

A terceirização da cobrança como diferencial competitivo
A terceirização da cobrança é uma tendência em crescimento entre empresas que buscam eficiência e preservação de relacionamentos. Especialistas conseguem aplicar metodologias personalizadas e maior taxa de recuperação, ao mesmo tempo em que liberam o time interno para focar no core business.
A Consulth Soluções atua com cobrança personalizada B2B, além de relatórios gerenciais que dão visibilidade sobre o risco real da carteira de clientes. Esse suporte especializado não apenas recupera crédito, mas fortalece a governança financeira.



