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Quais os impactos do ESG nas finanças das empresas?

18/Jul/2023



Algo que todas as empresas têm em comum, independente do seu tamanho ou setor, é a administração de fatores que não estão relacionados à sua atividade principal. Um dos melhores exemplos disso são os conceitos de ESG — composto por três pontos principais que afetam a sustentabilidade, a responsabilidade social e a governança corporativa da empresa, e estão diretamente ligados às ações estratégicas e ao desempenho financeiro da companhia.

Nesse contexto, os investidores exercem um papel importante no avanço dos assuntos relacionados ao ESG. Isso porque, de acordo com uma pesquisa global realizada pela consultoria PwC, 79% dos entrevistados consideram que iniciativas socioambientais impactam nas tomadas de decisão de investimentos, e quase 50% deles afirmam que pretendem retirar seus recursos de empresas que não realizam ações nessas áreas.

No post de hoje, vamos entender melhor os impactos que os temas do ESG causam nos negócios e como a sua empresa pode se preparar melhor nessa questão.

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Antes de tudo, é preciso definir uma coisa: ESG e sustentabilidade não são sinônimos. A sustentabilidade é apenas um dos três pilares do ESG, que vai além do ambiental e envolve questões como diversidade corporativa, privacidade de dados, ambientes de trabalho seguros, políticas de ética e conduta, gestão de recursos, entre outras, além de aspectos financeiros como capital, operações, relatórios e outros que analisam o risco financeiro do negócio. As práticas de ESG, por fim, servem para deixar gerar capital e deixar marcas positivas no mercado sem causar impactos negativos ao meio ambiente e à sociedade.

Como dito no início, muitos investidores avaliam a aplicação do ESG nas empresas como um critério importantíssimo na hora de decidir se o negócio merece ou não receber investimentos. O mundo de hoje em dia e os negócios que giram em torno dele acabam por deixar em destaque as organizações que estão comprometidas com uma agenda eficiente de governança corporativa e políticas ambientais e sociais.

Ademais, com consumidores cada vez mais exigentes e conscientes — de acordo com outra pesquisa da PwC, 50% dos consumidores têm preocupação ecológica no momento da compra —, atender às práticas de ESG torna as empresas mais responsáveis e preparadas para o mercado.

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É uma resposta curta e simples: uma empresa que não leva em consideração as questões ambientais, sociais e de governança tem mais dificuldade em atrair investimentos, afetando diretamente a sua capacidade de crescer, competir, manter-se relevante no mercado e até mesmo ser vista negativamente pela sociedade.

Por outro lado, empresas que adotam o ESG beneficiam-se de uma série de vantagens competitivas, como maior eficiência na gestão de recursos, redução de riscos, aumento da inovação e produtividade, além de maior engajamento dos funcionários, clientes e investidores.

Um dos exemplos de aplicabilidade do ESG é a implementação da rastreabilidade de produtos na empresa, que, segundo o relatório da consultoria Accenture, deve crescer em torno de 15% ao ano e alcançar um valor de mais de U$ 4 bilhões até 2025. A rastreabilidade permite que as empresas garantam que suas matérias-primas sejam produzidas de forma sustentável (ambiental) e em condições de trabalho justas e seguras (social), além de permitir que a empresa demonstre transparência (governança corporativa) em relação à sua cadeia de fornecimento.

De acordo com uma pesquisa da Revista Exame, 72% das empresas entrevistadas disseram que medidas relacionadas ao ESG geraram um impacto em seu resultado financeiro. Em 2020, 95% dos fundos de investimento com índices de sustentabilidade performaram melhor do que bolsas sem esse critério.

Assim, é certo afirmar que o ESG aumenta o potencial de retorno financeiro ajustado ao risco, reduzindo os riscos de investimento e criando valor nas negociações.

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É visível que a integração de práticas ESG à operação das empresas é essencial para a evolução dos negócios. Somente na América Latina, as práticas ESG se tornaram parte da agenda de 69% das empresas, resultando em um grande aumento na busca por profissionais dessa área.

O profissional de finanças é o protagonista na hora de implementar o ESG, sendo necessário possuir uma visão de análise do negócio que vai além da questão financeira — também deve estar focado nos impactos sociais e ambientais que as estratégias ESG irão deixar. Além disso, é importante que tenha uma visão tecnológica, aproveitando recursos como ferramentas de gestão, análise de dados e automatização de processos para ajudá-lo a acelerar as estratégias.

Entretanto, adotar uma abordagem que atenda aos temas aqui colocados vai muito além de um "departamento ESG", já que as práticas devem fazer parte da organização como um todo, de maneira 360º. Ele não é o trabalho de uma única pessoa, mas uma ação estratégica da empresa que precisa ser realizada em coletivo para funcionar de forma efetiva — uma verdadeira transformação organizacional.

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Equipe Consulth

Por: Equipe Consulth


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